O QUE ELES ESCONDEM

domingo, 29 de dezembro de 2013

"La globalización implica no sólo el objetivo de un gran mercado universal marcado por las pautas del liberalismo más selvaje, sino un control total de las conductas, impidiendo la simple posibilidad de insinuar o diseñar o practicar la disidencia."

Manuel Vásquez Montalbán, in Prólogo a Informe Lugano, de Susan George, Ed. Encuentro, 2001

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

"El riesgo de que se produzca un importante accidente financiero se intensifica; de hecho, nos sorprende que no se haya producido aún. Aquí señalamos que la volatilidad inherente de los mercados financieros es una grave amenaza para la economía de mercado."

in Susan George, INFORME LUGANO, ed. Encuentro, 2001
«Los acontecimientos que se están desarollando en los países periféricos prefiguran lo que nos espera: estos países se configuran ahora como grandes laboratorios. La austeridade y el desempleo que inyectan pretenden demostrar a las autoridades europeas la dosis de castigo que las ratas de laboratorio pueden soportar."

"Los gobiernos se han acostumbrado a recordarles a sus ciudadanos (eligir según el caso: los griegos, los portugueses, los españoles, los franceses...) todos los días: «...vivíamos por encima de nuestras posibilidades».
    Eso es mentira. Sin embargo, como la mayoria de las personas se imaginan que el presupuesto de una familia y el de un Estado obedecen a las mismas reglas, y como saben por experiencia personal que una familia no puede vivir durante mucho tiempo por encima de sus posibilidades sin tener graves problemas, esta mentira les parece creíble. La Comisión Europea lo sabe y, en casos así, puede imponer medidas que en otros tiempos desatarían la ira popular"
     

in Susan George, EL INFORME LUGANO II, Esta vez, vamos a liquidar la democracia, ed. Deusto, 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

Não quero que o Capitalismo me ofereça medalhas*

Hoje é um dia muito importante. Um dia muito especial para todos aqueles que acreditam e lutam por um mundo mais justo, fraterno e solidário. Por isso dedico esta medalha à minha família, aos meus amigos, aos meus colegas de trabalho, aos meus utentes, aos meus camaradas, a todos os militantes da causa dos direitos humanos.

Receber esta distinção e este reconhecimento na casa da democracia é para mim uma enorme alegria mas sobretudo uma tremenda responsabilidade.

Esta cerimónia pública compromete-me ainda mais com a libertação daqueles que sofrem, o prestígio deste prémio exigirá de mim mais dedicação, mais coragem para denunciar, mais entusiasmo para construir, mais motivação para consciencializar os que todos os dias são vítimas do sistema.

Mesmo assim, eu troco esta medalha por outro modelo de desenvolvimento económico. Deixo ficar esta medalha no Parlamento se os Srs deputados me prometerem que futuramente as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que, por terem deixado de dar lucro, são agora considerados descartáveis.

Em 2012, cento e vinte mil (120 mil) portugueses saíram do País em busca de uma vida digna no estrangeiro. 500 mil crianças deixaram de receber abono de família, o desemprego atinge hoje em Portugal mais de 149 mil jovens. Os idosos vivem com reformas miseráveis sem recursos económicos para comprar medicação.

Eu não quero que o Capitalismo me ofereça medalhas. Eu quero é igualdade de oportunidades, quero que todos tenham acesso aos recursos, aos serviços e aos equipamentos públicos de qualidade.

Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada, quero emprego com direitos para gerar essa riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada que os mercados, quero que o interesse colectivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados.

Eu troco esta medalha por mais esclarecimento. Troco esta medalha por mais informação. Troco esta medalha por uma campanha que desintoxique as mentes. Eu ofereço esta medalha a quem tiver capacidade de explicar ao povo que outro caminho é possível, que existem outras saídas, outras alternativas, outras soluções para libertar as pessoas do castigo da austeridade.

Eu não quero medalhas. Quero que a ciência e a tecnologia sejam motor de progresso e que esse progresso toque a vida de todos.

Eu não quero medalhas, quero que os campos, a floresta e a àgua dos rios não sejam contaminadas. Quero que a modernidade traga felicidade e bem estar, mas não apenas a uma minoria cada vez mais restrita. Quero que os cidadãos do meu país hipotecado realizem os seus sonhos, quero que estes governantes estanquem imediatamente este retrocesso civilizacional que ilumina palácios mas ao mesmo tempo enche a cidade de pessoas a dormir na rua.

Eu não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma legítima dentro desta casa e que ao reivindicarem os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia das galerias deste parlamento.

Eu não quero medalhas, quero que os políticos com poder resistam à idolatria do dinheiro, à tirania dos mercados, à especulação financeira. Como diz Frei Bento Domingues, eu não quero uma política que considere os doentes e os velhos um estorvo e o desemprego uma fatalidade.

Eu troco esta minha medalha por uma política que não MATE.


*José António Pinto. Intervenção proferida a 10 de Dezembro 2013 na cerimónia de entrega da medalha atribuída pelo júri do Prémio Direitos Humanos constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República.
A medalha ficou no Parlamento.

sábado, 7 de dezembro de 2013

"Le peuple anglais, écrivit Rousseau dans une superbe page de son Contrat social (livre III, chapître 1), "pense être libre; il se trompe fort; il ne l'est que durant l'élection des membres du parlement: sitôt qu'ils sont élus, il est esclave, il n'est rien. Dans les courts moments de sa liberté, l'usage qu'il en fait mérite bien qu'il la perde"".

in Jean Salem, Elections, piège à cons?, Que reste-t-il de la démocratie?, ed. Flamarion Antidote, 2012
(sublinhado nosso)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

"El final definitivo del marxismo sería una noticia que resonaría como música celestial en oídos de los marxistas de todo el mundo."
 
"Si dentro de veinte años quedan aún marxistas o feministas, será una verdadera pena."
 
"(...)la classe dominante o dirigente (...). Entre sus filas se cuentan aristócratas, jueces, abogados y clérigos de alto nivel; grandes barones de los medios de comunicación; mandos militares de elevado rango; analistas y comentaristas con gran presencia mediática; políticos, policías y funcionarios con cargos de importancia; catedráticos de universidade (algunos de ellos renegados en el terreno político); grandes terratenientes, banqueros, accionistas e industriales; directores gerentes de empresa; directores de escuelas públicas, etc. La mayoría de essas personas no son capitalistas en sí, pero actúan (aunque sea de forma indirecta) como agentes del capital."
 
 
in Terry Eagleton, Por Qué Marx Tenía Razón, ed. Península, 2011
"El panorama general es, pues, el de un mundo interconectado espacio-temporalmente por fluxos financieros de capital excedente, con aglomeraciones de poder político y económico en puntos nodales clave (Nueva York, Londres, Tokio), bie para absorber y dirigir los excedentes hacia la producción, sobre todo en proyectos a largo plazo en distintos lugares (desde Bangladesh hasta Brasil o China), bien para utilizar el poder especulativo con el fin de descargar el peso de la sobreacumulación, mediante crisis de devaluación, sobre territorios vulnerables"
 
in David Harvey, El Nuevo Imperialismo, ed. Akal, 2007

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Para salvar a los bancos, los jefes de Estado de los países más ricos fueron capaces de organizar varias cumbres en pocos meses y de movilizar más de 2,3 billones de euros. Pero, que se hizo para salvar a la mitad de la humanidad que vive en la pobreza?"

in Ignacio Ramonet, La Catástrofe Perfecta, ed.Icaria, 2009
"Como podemos estar fuera de la crisis si la gente sigue perdiendo el trabajo?"

in Loretta Napoleoni, La Mordaza, Las Verdaderas Razones de la Crisis Mundial, ed. Paidós, 2010

Sítio da autora: www.ilfattoquotidiano.it

sábado, 16 de novembro de 2013


O CASO DA ARGENTINA
 
 
Por Vicenç Navarro
Catedrático de Políticas Públicas. Universidad Pompeu Fabra, y Profesor de Public Policy. The Johns Hopkins University

La aplicación de las políticas neoliberales promovidas por la Troika (el Fondo Monetario Internacional, FMI, la Comisión Europea y el Banco Central Europeo, BCE) e impuestas por la mayoría de gobiernos en la Eurozona han empeorado sustancialmente las economías de estos países. Sus políticas de austeridad de gasto público (forzándoles a reducir el déficit y deuda públicos, a fin de dar confianza a los mercados financieros) y su énfasis en la devaluación doméstica vía reducción de los salarios (en teoría para hacer la economía más competitiva, facilitando así el crecimiento de las exportaciones, crecimiento que se considera como el punto fuerte para salir de la crisis económica) han demostrado ser un fracaso. La Eurozona está ya desde 2007, más de cinco años, en la mayor recesión conocida en tales países, con el mayor desempleo conocido en esta zona monetaria, que alcanza niveles sin precedentes en los países de su periferia.

Es importante aclarar que ello era predecible. Tales políticas, promovidas por el FMI durante muchos años, han creado los mismos resultados negativos en cualquier lugar en el que se hayan aplicado. No es la primera vez que se aplican, y siempre (repito, siempre) han llevado a los mismos resultados negativos en los países a los que se impusieron dichas medidas. Uno de los casos más recientes fue el caso de América Latina, gobernada en la década de los años noventa por gobiernos conservadores y liberales que siguieron a pies juntillas las recetas del FMI. El coste social y humano fue enorme creando, como respuesta, una rebelión generalizada en contra de tales políticas, con elección en gran número de países comprometidos en interrumpir tales políticas.

El caso argentino

Uno de los primeros países en romper con este neoliberalismo fue Argentina, país que había sido hasta el 2001 el alumno ejemplar del FMI. Este país había ido acumulando deuda desde 1976, cuando se estableció un régimen militar que hizo lo que los gobiernos militares suelen hacer: aumentar enormemente el gasto militar pagándolo con deuda pública. Esta subió de 8.000 millones de dólares en 1976 a 45.000 millones siete años más tarde, cuando la dictadura terminó. Para reducir esa deuda, el gobierno de Carlos Menem siguió la receta del FMI y de Washington, aplicando medidas de claro corte neoliberal (como siempre ocurre cuando se considera que el mayor problema de un país es su llamada indisciplina fiscal, es decir, elevado déficit y gran deuda pública). Y uno de ellas era fijar el valor del peso argentino al del dólar estadounidense. El peso no podía devaluarse. Tenía que fijar su valor al del dólar.

Como ocurre en la Eurozona, dichas políticas redujeron la inflación, que es lo que la banca –cuyo mayor enemigo es la inflación- deseaba. Pero ello se consiguió a costa de unos problemas enormes, como ocurre en la Eurozona, con un gran crecimiento del desempleo, de la pobreza y de las desigualdades. La enorme reducción de la demanda creó una parálisis económica que empeoró todavía más el déficit y la deuda pública. Repito que esto que está pasando en la Eurozona estuvo pasando en América Latina. Era, pues, extraordinariamente predecible.

De ahí que el gobierno argentino decidiera romper con el FMI, con sus recomendaciones, y variara casi 180º las políticas que había estado imponiendo a la población. Rompió la paridad del peso con el dólar, permitiéndole así devaluar el peso argentino, haciendo los productos más baratos y más competitivos. En lugar de devaluar los salarios, devaluó la moneda. Otra medida que el gobierno argentino adoptó fue un aumento del gasto público financiado a través de políticas fiscales progresivas que tuvieron un impacto redistributivo muy acentuado, permitiendo una reavivación de la demanda doméstica, que fue el motor del estímulo económico. Todos los datos muestran que fue este aumento de la demanda doméstica lo que fue responsable del enorme crecimiento económico que se inició a pocos meses (sí, a pocos meses) de que se tomaran tales medidas en 2001-2002.

El PIB aumentó un 90% en diez años, siendo uno de los países que ha crecido más en América Latina (con un crecimiento anual del 8% y 9% hasta 2009), alcanzando el PIB que había tenido antes de iniciarse la crisis en tres años después de iniciarse tales políticas. Como resultado de ello, la pobreza pasó de afectar a alrededor del 50% de la población en 2002 a alrededor del 20% en 2010, y las desigualdades de renta (que en 2001 eran 32 veces mayores entre el 5% superior de la población con mayor renta y el 5% inferior) bajaron a 17 veces, y el desempleo bajó, reduciéndose a más de la mitad (bajando al 8% en 2010).

Un factor que contribuyó a estos desarrollos positivos fue el renegociar la deuda externa, de manera que dicha deuda se devaluó, pasando a valorarse de 62.500 millones de dólares a 35.300 (una reducción del 42% que tuvieron que absorber los acreedores). Ello permitió reducir considerablemente el pago público por los intereses de la deuda, lo cual permitió que el déficit público se eliminara, pasando de un déficit del 5,6% del PIB en 2001 a un superávit del 1,9% en 2005. (Y la deuda pública pasó del 113% del PIB en diciembre de 2001 a un 72% en el mismo periodo). Se mire como se mire, el cambio de rumbo fue positivo para el país.

La respuesta de los medios europeos de información a esta realidad: su sesgo neoliberal.

La cobertura por la mayoría de los medios de información de la realidad de América Latina, incluyendo la existente en Argentina, ha sido extraordinariamente sesgada, dando una visión muy negativa de lo acaecido en aquel continente y en aquel país. Los mismos medios que han estado promoviendo las medidas neoliberales que la Troika está promoviendo en la Eurozona, han presentado el caso de Argentina (y el de otros países que han roto con el neoliberalismo) como un desastre. En un excelente artículo de Julien Mercille “European Media Distort The Lessons of Argentina’s Crisis and Recovery” (del cual he extraído la mayoría de datos de este artículo), el autor muestra en detalle el enorme sesgo de la prensa de mayor difusión en su intento de desacreditar la experiencia de Argentina y otros países que han roto con los preceptos de la Troika, intentando por todos los medios (con todo tipo de falsedades y manipulaciones) evitar que aquella experiencia se contagie a la Eurozona.

Es interesante notar que, últimamente, una vez mostrado que el desastre anunciado para Argentina por parte de estos medios no ha ocurrido, y que, antes al contrario, Argentina ha recuperado su crecimiento y reducido su pobreza, su desempleo y sus desigualdades, estos mismos medios intentan ahora atribuir dicho éxito a causas ajenas a las políticas llevadas a cabo por el gobierno argentino, tales como asociar el crecimiento tan notable de la economía argentina al crecimiento del comercio internacional, que ha incrementado la demanda de los productos argentinos resultado del boom económico internacional. Este argumento ignora que el crecimiento económico argentino, sin embargo, estuvo motivado por la demanda doméstica, no por el incremento de las exportaciones que, en realidad, disminuyeron. Las exportaciones bajaron de un 25% del PIB en 2002 a un 18% en 2010.

Otro argumento utilizado para desmerecer el caso de Argentina es el que asume que la renegociación de la deuda argentina a costa de los acreedores ha creado una supuesta dificultad en conseguir crédito internacional, una amenaza constante que se considera como insalvable. Pero este argumento ignora que el capital invertido en Argentina procedía, en gran parte, del propio país, siendo el sector público el que impulsó tal inversión masiva, financiada con un aumento de los ingresos al Estado (consecuencia de su reforma fiscal) en lugar de con crédito internacional, realidad igualmente aplicable a España, donde el Estado podría ingresar algo más de 72.000 millones de euros corrigiendo el fraude fiscal (extendido, en particular, entre las grandes fortunas, las grandes empresas y la banca).

Una crítica más acertada y válida del caso de Argentina es que la inflación (un 31% en el periodo 2007-2008) es muy elevada, incluso para los niveles latinoamericanos. Ahora bien, tal y como señala Mark Weisbrot, esta elevada inflación no es rara en momentos de transición de un nivel de desarrollo bajo a otro más elevado, como también ocurrió en Corea del Sur. Aún así, este factor negativo no puede negar los otros positivos.

Dos últimas observaciones. Una es que es urgente que se abra un debate en España sobre el mérito o demérito de salirse del euro. En este aspecto, es criticable que apenas exista debate sobre este tema. Incluso en amplios sectores de izquierda apenas aparecen artículos que cuestionen la permanencia de España en el euro. De ahí que tal debate debería darse con especial énfasis entre las izquierdas, sin insultos, sarcasmos o sectarismos.

La otra observación es que aquellos desde la izquierda que se oponen a salirse del euro, no están indicando cómo el mayor problema económico (además de social) que España tiene, es decir, el desempleo, podrá resolverse en este país. Las propuestas más avanzadas en este sentido son las propuestas de la Confederación Europea de Sindicatos, que avanzan políticas públicas de clara orientación expansiva, con las cuales estoy totalmente de acuerdo. Pero para realizarlas y llevarlas a cabo, se requieren cambios sustanciales en el contexto político del establishment que gobierna tanto la Eurozona como el euro. La arquitectura institucional de la Eurozona es, por diseño, liberal, y es dificilísimo que ello cambie, condenando a España a un desempleo y precariedad por muchísimos años. Si se oponen a salir del euro, deberían explicar cómo piensan resolver el enorme desempleo y el gran descenso de los salarios en España.
 
 
Sítio do autor: www.vnavarro.org 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

"En primer lugar, se trata de una interpretación de los hechos que pivota sobre une comprensión previa de cómo opera realmente una economía capitalista."

in Alberto Garzón Espinoza, La gran estafa, Quién es el ladrón y quién el robado en esta película?, Ed. Destino, 2013

Sítio do autor: www.agarzon.net
"Em todos os países em que as políticas da Escola de Chicago foram aplicadas nas últimas três décadas, o que tem emergido é uma poderosa aliança dirigente entre algumas corporações muito grandes e uma classe constituída, na sua maioria, por políticos endinheirados - com as linhas divisórias entre os dois grupos esbatidas e em constante mudança."

in Naomi Klein, A Doutrina do Choque, A Ascensão do Capitalismo de Desastre, ed. smartbook., 2009

Sítio da autora: www.naomiklein.org.